O Crime da Poça Das Feiticeiras
Crime muito falado e ocorrido em Viseu, em meados dos anos 20. Conforme palavras do autor do livro na sua própria edição de 1931, Gilberto de Carvalho quis repôr apenas a verdade: "É que a razão deste livro - a sua única pretensão (...) é levar toda a gente a pedir connosco que a Verdade triunfe proclamando a Justiça no tremendo caso da «Poça das Feiticeiras»".
Livro que recorda Aquilino Ribeiro, de quem era muito amigo!
"Teimámos por causa das duas mais velhas traduções da Bíblia em português, a do padre António Pereira de Figueiredo, versão da Vulgata; e a de João Ferreira de Almeida feita em Batávia, diretamente do grego."
Já nessa altura, 1968, Gilberto de Carvalho refere neste excerto que a tradução original da Bíblia foi feita diretamente do grego!
a propósito da sua prisão política...A Evasão de Aquilino Ribeiro do Presídio do Fontelo...
Viseu no tempo de Camilo e no«Amor de Perdição»
Neste opúsculo o jornalista Gilberto de Carvalho, no seu sempre bem demonstrado amor à sua cidade-Viseu, quis deixar bem vincado o orgulho que sentia por ter sido a sua terra natal, o cenário escolhido para o grande escritor Camilo Castelo Branco movimentar as personagens-pessoas da terra, no seu romance, o mais lido em Portugal, "O Amor de Perdição". Pelo facto, os viseenses deveriam sentir-se orgulhosos e gratos por tal deferência, o que tal não acontece. O autor destas linhas lamenta o facto de nunca ninguém ter procurado usar o feliz acontecimento, para promover a cidade sob o ponto de vista turístico e assim exaltar esta terra tão bela e tão próspera, tornando-a mais conhecida entre os seus naturais e muito mais engrandecida para além das suas próprias fronteiras.
"O pior, quase imperdoável é que, alguns dos mais responsáveis pelo bom nome da terra e da gente de Viseu, não só refugaram o projecto do lindo monumento em nome do puritanismo - à solta de dia e rapioqueiro de noite - mas nada têm feito, nada fazem para à sombra de Camilo e do Amor de Perdição atraír forasteiros, investigadores, intelectuais, curiosos a esta bela terra, bem digna de ser servida por viseenses de larga visão."
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